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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

2: Meu filho CRISTIANO RONALDO



Penso que foi positivo o Cristiano ter nascido porque veio trazer alegria e cor a esta nossa casa.
Se é verdade que no inicio as únicas cores que trazia era muito amarelo e castanho agora a cor que mais trás é verde o que é mais do que positivo.

A minha entrada no Guiness como mulher do mundo com mais possíveis noras é obviamente um facto do qual me orgulho.
Desde a Nereida que deixei de consegui decorar os nomes das mulheres com que o Cristiano se envolve, adoptando agora a táctica de as numerar:
Estamos na 2737, sei porque ontem estávamos na 2732 e o Cristiano esta noite que passou teve uma festa.

O facto de o meu filho ser quem é permitiu que eu viajasse para muitos lugares, guardando eu apenas mágoa por ele não me ter levado a um sitio que adorava ter conhecido...
Este ano ele ligou-me várias vezes a dizer que estava na Paris.
Ao que eu lhe respondi com naturalidade que não era "na Paris" que se dizia mas sim "na cidade-luz" dizendo-lhe para fretar um avião para ir ter com ele, algo a que nunca acedeu.

O nome de Ronaldo teve uma origem curiosa...foi o pai que escolheu como forma de homenagear o ex-presidente dos Estados Unidos, um tal de Ronald Reagan, ainda hoje agradeço a todos os santinhos o Ronaldo não ter nascido este ano, porque senão o seu nome seria algo próximo de Baraco, Cristiano Baraco, que não é nome de futebolista.

É precisamente para saber mais santinhos para rezar que constantemente convido a Floribella a vir cá em casa, esta sim, tenho a certeza que não andaria com o meu filho por interesse porque ela sempre me disse que futebolistas não fazem o seu género de homem.

O meu filho sempre me disse que eu era a melhor mãe do mundo e agora liga-me constantemente a dizer que que sou a melhor mãe do mundo do melhor jogador do mundo.
Só me aborrece uma invejosa que se chama Antonieta Messi que me quer tirar o lugar, mas vamos ver quem ri no fim...

1: Minha filha MANUELA MOURA GUEDES


Lembro-me perfeitamente da primeira frase que o meu marido me disse quando viu a Nela sair após três intermináveis horas de parto:
"A boca já está querida, aguenta que agora é tudo mais fácil...".
E foi mesmo.

Nasceu em 1955 e na altura poucos adivinhariam que estava ali a nascer a grande ex-deputada,ex-miss, quase professora, quase cantora, quase jornalista Manuela Moura Guedes.
Não sei se foi vaidade natural na minha filha, que nós todas as mães temos, mas não resisti a sussurrar-lhe ainda no berço " Quase que vais ser grande Nelinha, vais ver...".

A Manuela sempre foi uma menina sociável mas com um grande defeito:
Sempre teve o coração à beira da boca e por isso não foi surpresa o percurso dela,surpreendendo-nos bem mais o facto do coração nunca ter saído por aquele enorme orifício bucal de tão perto que estava do exterior.

A Nela era uma menina quase hiper-activa que sempre namorou com as pessoas certas:
Na infantil, namorava com o Bertinho que era o responsável por guardar os lápis de cor no infantário.
Na primária foi o Adriano, que era o filho da professora.
Estranhamente no dia que começou o 5.º ano, sentiu que aquele não era o amor da sua vida e começou a sua relação com o João, o delegado de turma.
Os namoros sucederam-se e entre os "genros" que mais gostei, saliento o Zé Nabiças, Dux na faculdade de Direito onde a Nela estudou.

Mas nem tudo foram rosas, nas suas relações...Lembro-me do menino Marinho, o filho de uma vizinha nossa,com quem as discussões se prolongavam por horas.

Um dia, quando a Manuela fez 8 anos, a empregada chegou a casa com uma decisão que nos apanhou a todos de surpresa, a Manuela teria de se ir embora.
Más línguas disseram que tal facto se deveu ao facto de ela ter visto algo que não devia e que foi o meu marido que pressionou a empregada para expulsar a Nela do nosso lar.
Estas pressões nunca foram provadas e após queixa na Entidade Reguladora das Relações Familiares a minha filha voltou a casa no ano seguinte pois pelos vistos a empregada não tinha competência para a mandar embora.

Ficamos tão contentes que decidimos comprar-lhe um cachorro a que ela deu o nome de Port, no entanto a obsessão por aquele cão tornou-se doentia e ela insistia que aquele cão tinha de ser livre e não podia estar trancado em casa.
Free port, free port, gritava ela a plenos pulmões e lá acabamos nós por deixar o animal ir à sua vida.
No entanto, ela nunca esqueceu o que o port passou entre as quatro paredes de nossa casa e a sua obsessão pela liberdade do port acompanha-a até aos dias de hoje.

Mesmo fazendo-lhe as vontades todas, quando se tornou famosa e reconhecida internacionalmente ao vencer o concurso de Miss Vindimas em Torres Vedras, não se lembrou de agradecer nem a mim, nem a seu pai, preferindo ir de imediato dar um beijinho ao agricultor Venâncio, seu namorado da altura e júri do referido concurso.

Mas mãe é mãe e continuo a gostar da minha filha apesar de concordar que ela tem uma face louca que nem a plástica que ela diz que nunca fez resolveu...

A loucura atingia o seu apogeu quando à noite me entrava pelo quarto a dizer "Boa Noite, eu sou a Manuela Moura Guedes", o que me assustava pois a maioria das vezes pois eu estava a dormir sozinha.

O que a Manuela mais gosta de fazer é viajar e como quem tem boca vai a Roma, a minha filha já deu 4 voltas e meia ao mundo.

Estes são os principais factos que penso que a maioria das pessoas desconhecem sobre a minha louca filha Manuela Moura Guedes.